Gol GTI: segunda fase trouxe estilo e tecnologia

O Gol GTI completou mais um aniversário de lançamento recentemente. Em 1988 a chegada do primeiro modelo brasileiro equipado com injeção eletrônica revolucionou o mercado. E criou um novo desafio para a concorrência, além de estimular a tecnologia no segmento.
Me lembro como se fosse hoje da capa da revista Quatro Rodas com o novo modelo azul-marinho, o chamado Azul-Mônaco, estampado em destaque como matéria principal. A combinação exclusiva de cores daquele ano definitivamente entrou para a história.
E folheando a publicação chegamos às demais fotos e dados técnicos. O acabamento do GTI chamava a atenção, com os bancos Recaro, que eram relativamente comuns em esportivos nacionais – pasmem – além do motor de 2 litros e muito estilo.
A geração seguinte do Gol, chamada de “bolinha”, adaptou o modelo aos novos tempos. Naquela época o hatch da Volkswagen nadava de braçada no mercado e era o mais vendido há mais de uma década. O GTS dava lugar ao TSi, sem todo o nervosismo do anterior, e todos aguardavam a versão mais esportiva.
O GTI chegou com um body kit interessante, que virou moda na época, trazendo saias laterais, aerofólio e spoilers muito bem integrados à carroceria. A novidade ficou por conta da versão 16V, com cabeçote alemão, que atingia os 145 cv e trazia a característica bolha no capô.
O exemplar da matéria traz uma das cores, em minha opinião, mais legais. Tecnicamente chamada de azul, mas claramente um roxo, consegue combinar bem a ideia de esportividade e algo, de certa forma, mais exclusivo na época. Os mostradores trazem fundo branco.
Rodando o GTI não decepciona. Com uma melhora no coeficiente aerodinâmico seus números melhoraram um pouco. E a combinação do motor de 2 litros com uma carroceria pequena sempre foi uma ótima pedida. Não é difícil acertar nessa receita singular. O carro é esperto e tem reações rápidas. Antes da era turbo de hoje a ideia de colocar um motor maior em um carro pequeno já fazia sucesso. Dessa forma o GTI tem seu lugar garantido na história e, certamente, uma vaga como neo-colecionável.
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Renato Bellote, 41, é jornalista automotivo em São Paulo e colunista do portal IG. Nesse canal traz avaliações a bordo de clássicos, superesportivos, picapes e modelos atuais do mercado.
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